O exército de Israel promoveu, na madrugada deste sábado (17/05), um dos mais sangrentos de ataques aéreos contra a Faixa de Gaza, que resultou na morte de ao menos 153 pessoas, e deixou outras 459 feridas, segundo informações do Ministério da Saúde do território palestino.
O canal Al Jazeera, do Catar, informou que os bombardeios se concentraram na região central de Gaza, e também nas localidades de Jabalia e Beit Hanoon, no norte do enclave.
Também foi informado que voluntários conseguiram resgatar ao menos sete pessoas que ficaram soterradas sob escombros durante os ataques.
Na Cúpula Árabe de 2025, neste sábado (17) em Bagdá, chefes de Estado exigiram um cessar-fogo imediato em Gaza e reforçaram o apelo pela criação de um Estado palestino. O encontro ocorre em meio à intensificação dos ataques israelenses ao enclave palestino.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, desde 7 de outubro de 2023, 53.272 pessoas foram mortas e outras 120.673 ficaram feridas. Após o rompimento de um cessar-fogo em 18 de março, mais 3.131 mortes foram registradas. As informações são da rede Al Mayadeen.
Egito cobra fim da guerra e reconciliação palestina
O presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi, classificou as ações israelenses como “campanha sistemática de destruição” e acusou Tel Aviv de usar “fome e privação como armas”. Ele anunciou que, junto com Catar e EUA, trabalha por um cessar-fogo e organizará uma conferência para reconstrução de Gaza. “Não haverá paz real sem um Estado palestino”, declarou.
Abbas alerta para genocídio e propõe unificação política
O presidente palestino Mahmoud Abbas disse que Gaza vive um “genocídio” e acusou Israel de promover um projeto colonial. Ele defendeu um comando unificado sob a OLP e pediu que todas as facções entreguem as armas. “Um Estado, uma lei, uma arma legítima”, resumiu.
Líbano e Jordânia pedem retirada israelense e proteção a refugiados
O premiê libanês Nawaf Salam rejeitou o reassentamento de refugiados palestinos e cobrou a retirada israelense do sul do Líbano. O primeiro-ministro da Jordânia, Jaafar Hassan, descreveu a crise de Gaza como “catástrofe prolongada”, reforçou o apoio à reconstrução e defendeu a tutela jordaniana sobre locais sagrados em al-Quds.
Síria, Tunísia e Argélia condenam ações de Israel
O chanceler sírio Asaad al-Shibani pediu o fim das sanções contra o país e alertou para as “ameaças reais” de Israel no sul da Síria. Já os ministros da Tunísia e da Argélia defenderam a união árabe e chamaram a causa palestina de “dever histórico”.
Espanha e ONU reforçam apelos por cessar-fogo
O premiê espanhol Pedro Sánchez defendeu “parar o massacre em Gaza” e anunciou que apresentará uma resolução na ONU para responsabilizar Israel na Corte Internacional de Justiça. “O número de vítimas é inaceitável”, afirmou. Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou: “Precisamos de um cessar-fogo permanente, agora”.
Com agê