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Brasil

Banco Central e a elevação da taxa de juros

Publicada em 24/05/25 às 09:26h - 20 visualizações

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Banco Central e a elevação da taxa de juros
 (Foto: Rádio Rir Brasil - Itapuranga-Goias : Direção: Ronaldo Castro - 62 9 9 6 0 8-5 6 9 5 )

Sob o argumento de que existem incertezas na politica externa pelas ações em relação a politica comercial de Trump e o aumento do salário real na economia brasileira, o Banco Central elevou novamente a taxa básica de juros para 14,75% ao ano.

 

por Julio Pachoal

O incrível é que na economia americana onde no momento ocorre o epicentro da política comercial pelo tarifaço imposto por Trump e a inflação pode voltar a subir, o Banco Central americano manteve a taxa básica de juros no intervalo de 4,25% a 4,50%.

A diferença nas medidas tomadas pelas duas
autoridades monetárias mostram o nível de dependência do Banco Central brasileiro ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial.

A independência se dá apenas em relação ao governo brasileiro no que tange ao combate da inflação, já que a politica monetária a ser seguida segue os ditames das entidades acima citadas.

Por que isso ocorre mesmo o atual presidente da república tendo aceito o nome de Galipolo para presidir o Banco Central? Devido a forma com que o país se inseriu na nova ordem econômica mundial a partir dos anos 90.

No período o Brasil aceitou na íntegra as imposições do FMI e do Banco Mundial que eram a de promover a abertura comercial, privatizar suas estatais e desregular os mercados financeiros. Diferente de países do continente europeu, asiático, indiano e latino americano.

A inserção de forma diferente no processo de globalização financeira de países presentes nos continentes citados é que esses respeitaram suas especificidades, tal como na Índia, onde a força de trabalho está mais presente nas empresas estatais. Privatizar como fez o Brasil teria agravado ainda mais os problemas sociais.

A moratória sobre a dívida externa nos anos 80 e a necessidade de manter os fluxos internacionais de capitais nos anos 90, levaram o Brasil a se inserir no processo de globalização financeira de forma dependente.

O próprio plano real foi concebido no âmbito do consenso de Washington e implantado por
FHC e seus tecnocratas seguindo o desenho do FMI e do Banco Mundial.

Para os agentes dessas entidades não importa se a inflação é inercial, custos, demanda ou de
consumo, só há um remédio, para combatê-la a de aumentar a taxa básica de juros o que o Banco Central fez hoje na super quarta.

O pano de fundo dessa politica deflacionista é alimentar e manter os lucros estratosféricos das instituições financeiras mundiais e nacionais. Só assim a globalização financeira se mantém crescente.

O INPC acumulado no ano de 2025 está em 2,0% ele leva em conta famílias que tem renda entre 1 a 5 salários onde se encontram a maioria da população economicamente ativa.

O IPCA acumulado em 2025 está em 2,04% ele leva em conta as famílias cuja renda supera 40 salários mínimos nesse caso estão a minoria da população economicamente ativa.

A meta de inflação no Brasil é de 3,0% e o teto da meta é 4,5%. Os dados dos índices de inflação acumulados no ano de 2025, não justificam uma taxa básica de juros de 14,75% para combater uma inflação de custos sob o argumento de que essa seria de consumo.

Eis aí a camisa de forças em que o país está submetido e o pior é o seguinte se o Banco Central contrariar as orientações do FMI e do Banco Mundial que determinam o aumento da taxa básica de juros, nessas condições crises pontuais como a de novembro de 2024 onde o dólar chegou a R$6.30 serão frequentes ampliando ainda mais os preços dos alimentos e de outros produtos na economia.

 

Júlio Pachoal é professor e Mestre em Economia




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