A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta terça-feira (3) a prisão preventiva e a inclusão na lista da Interpol da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A determinação ocorreu após o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), apresenta à PGR uma representação pedindo a decretação da prisão preventiva da deputada. Zambelli atualmente está fora do país. Segundo Lindbergh, a medida é necessária pois a parlamentar “representa risco concreto à aplicação da lei penal, à ordem pública e à integridade das instituições democráticas brasileiras”.
“Não se trata de antecipação do cumprimento da pena aplicada à ré, mas de imposição de prisão cautelar, de natureza distinta da prisão definitiva, com o fim de assegurar a devida aplicação da lei penal”, diz o texto da PGR, segundo a Rede Globo, que teve acesso ao documento.
“Há necessidade, além disso, para eficácia da medida requerida e igualmente assegurar a aplicação da lei penal, de inclusão do nome da parlamentar requerida na difusão vermelha da INTERPOL, com a suspensão de seu passaporte e imediata comunicação aos países”, destacou o procurador-geral Paulo Gonet. Ele também pediu o bloqueio dos bens de Zambelli.
Zambelli debocha da Justiça
Zambelli (PL) desafiou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após fugir para o exterior nesta terça (3). Ela afirmou que autoridades brasileiras podem até acionar a Interpol, organização internacional que facilita a cooperação policial entre países, mas não vão conseguir retirá-la da Itália.
“Eu tenho um passaporte italiano, pode colocar Interpol atrás de mim, eles não me tiram da Itália. Sou cidadã italiana e lá eu sou intocável, a não ser que a Justiça italiana me prenda. E aí não vai ser o Alexandre de Moraes, vai ser a Justiça italiana. Estou pagando para ver um dia desse”, disse ela à CNN Brasil.
Ministros do Supremo já têm discutido acionar a Interpol e incluir a deputada na lista de procurados. Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pela Corte, mas não tinha restrições para deixar o Brasil, já que está com acesso ao seu passaporte.
A parlamentar confirmou está atualmente nos Estados Unidos, mas irá ao país europeu em breve, onde o custo de vida “é mais barato”, em breve. “A saúde aqui é muito cara”, prosseguiu a deputada.
10 anos de reclusão
Eduardo quer ser deputado nos EUA
Uma iniciativa totalmente ilegal e fora de qualquer lógica política, que agora tornou-se o mais novo cavalo de batalha da extrema direita, vem sendo levada adiante no Congresso Nacional pelo grupo político de Eduardo Bolsonaro (PL). Trata-se de um pedido completamente absurdo e desprovido de sentido para que o deputado federal licenciado volta ao seu mandato e o exerça à distância, diretamente dos EUA, país para onde fugiu sem nenhuma razão em 27 de fevereiro deste ano.
Este movimento representa uma ruptura inédita e problemática com os princípios essenciais que regem o exercício do mandato parlamentar no Brasil, e baseia-se em argumentos frágeis e mentirosos de que Eduardo estaria “perseguido” e “sob ameaça”, justificando assim sua ausência física do país, enquanto leva uma verdadeira vida de playboy no exterior, bancado com os milhões de reais angariados por seu pai com depósitos em Pix realizados por seus fanáticos seguidores.