O ex-presidente da República e ex-senador Fernando Collor de Mello foi preso às 4 horas manhã desta sexta-feira, 25, em Maceió, capital de Alagoas.
A prisão de Collor está causando pânico nos bolsonaristas. A avaliação no grupo próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro é de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) sinaliza que pode acelerar o desfecho das investigações envolvendo Bolsonaro, especialmente no caso do inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula. Assim como ocorreu com Collor, o STF não vai aceitar infinitos recursos protelatórios.
Condenação
A decisão do ministro Alexandre Moraes de mandar prender Collor aconteceu após o STF já tê-lo condenado, em maio de 2023, a oito anos e dez meses de prisão por envolvimento em um esquema de corrupção na BR Distribuidora, dentro da Operação Lava Jato. Apesar dos recursos apresentados pela defesa, Moraes rejeitou os embargos mais recentes de forma monocrática, autorizando o início imediato do cumprimento da pena.
A ordem de prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a rejeição de mais um recurso protelatório apresentado pela defesa contra a condenação do político.
De acordo com reportagem do jornal O Globo, há um temor real de que a Primeira Turma do STF conclua o julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe até outubro — e que, caso os embargos sejam julgados rapidamente, ele possa ser preso antes do recesso do Judiciário em dezembro.
Detenção
Após ser detido, Collor foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, onde permanece sob custódia. A decisão judicial que determinou a prisão foi tomada após a confirmação da sentença emitida em 2023, que condenou o ex-presidente a uma pena de 8 anos e 10 meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
caso que levou à condenação de Fernando Collor tem origem em denúncias relacionadas à Operação Lava Jato, deflagrada em 2014 para investigar um esquema de corrupção envolvendo a Petrobras, empresas privadas e agentes públicos.
Corrupção
Durante as investigações, o Ministério Público Federal acusou Collor de ter recebido propina para beneficiar empresas em contratos com a BR Distribuidora, subsidiária da estatal.