O casal Caroline Settino e Bruce Johnson entrou em um relacionamento intenso em 2016. Eles costumavam fazer viagens e trocar mimos luxuosos. Um ano depois, o homem pediu a mulher em casamento com um anel da Tiffany & Co. de US$ 70 mil.
Entretanto, o romance não teve um final feliz: ele terminou o relacionamento e prontamente entrou na Justiça para reaver o anel. Na sexta-feira (22/11), sete anos depois da separação, a Suprema Corte Judicial de Massachussetts decidiu que a joia deve ser devolvida a ele.
"Quando o casamento planejado não ocorre, o presente de noivado deve ser devolvido ao doador", indicou a Justiça. No estado, era costume que os tribunais decidissem quem ficava com o presente com base em quem era culpado pelo fim do relacionamento. A decisão pôs fim a essa prática, uma vez que determinar a culpa é muito complicado, segundo a corte.
No caso de Caroline e Bruce, ele terminou com a noiva após ela chamá-lo "repetidamente de idiota, o tratou como uma criança, reclamou de como ele usava o celular" e não o acompanhou em seus tratamentos contra o câncer de próstata.
Ele ainda encontrou mensagens no celular da noiva em que um amigo de longa data dela a chamava de "cupcake".
Caroline declarou que sua vida "implodiu" depois que Bruce decidiu cancelar o casamento. "Eu era professora, tinha 60 pessoas da minha escola convidadas", afirmou ela no tribunal de apelação.
Em 2021, um juiz do Tribunal Superior concluiu que Bruce era o único responsável pelo fim do relacionamento ao crer "equivocadamente" que Caroline tinha um caso. Assim, ela teve direito de ficar com o anel, bem como uma das duas alianças que o casal pretendia trocar.
Mais tarde, um tribunal de apelação reverteu a ordem e solicitou que os anéis fossem devolvidos a Bruce. Caroline, então, apelou à mais alta corte do estado.
A batalha judicial durou quatro vezes mais do que o relacionamento do casal e abriu precedentes para outros noivados que se acabam antes do casamento.