ntre os dias 22 e 24 de abril, foi realizada no Parque Nacional do Pantanal Matogrossense (MT) a formação de cinco brigadas comunitárias voluntárias, com a participação de 28 integrantes de quatro comunidades do entorno da unidade de conservação. A atividade integrou o projeto “Manejo Integrado do Fogo com as comunidades tradicionais e o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense na transformação da realidade local”, apoiado pelo GEF Terrestre, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), por meio da Secretaria de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais (SBio).
Coordenada pela organização Ecoa e conduzida pelo Prevfogo/Ibama, a formação marcou o início de uma agenda integrada de prevenção e combate a incêndios florestais no bioma, com foco na valorização dos saberes tradicionais, no fortalecimento da governança local e na integração entre comunidades e instituições públicas.
"Hoje, a gente tem o privilégio de participar e formar uma brigada lá na Serra do Amolar. Antes de eu ser da brigada comunitária, eu já fiz várias ocorrências. Então acho que isso é importante, a gente aprimorar ainda mais. Para nós é fundamental ter parceiros, poder melhorar a qualidade, EPI (Equipamentos de Proteção Individual), ter a formação", afirmou Edilaine Arruda, moradora da região da Serra do Amolar e participante do treinamento.
A execução da atividade é gerida pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e a implementação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Além disso, também é apoiada por WWF Brasil e Unesco.
O curso incluiu aulas teóricas sobre legislação, comportamento do fogo e estratégias de combate, além de oficinas práticas voltadas à organização de brigadas, uso de equipamentos, queima controlada e construção de linhas de controle. Também foram oferecidas capacitações complementares em Sistemas Agroflorestais (SAF) e Sistema de Informação Geográfica (SIG).
A formação das brigadas chega em um momento estratégico, especialmente neste ano em que o Pantanal estará no centro das atenções internacionais: o Brasil sediará a COP15 da Convenção sobre Espécies Migratórias (CMS), no Mato Grosso do Sul, com foco na proteção da biodiversidade e das paisagens naturais dos biomas brasileiros.
Sobre o Projeto GEF Terrestre
Iniciativa do governo federal para a conservação da biodiversidade da Caatinga, do Pampa e do Pantanal, o Projeto GEF Terrestre atua na criação e no fortalecimento de Unidades de Conservação, na recuperação da vegetação nativa e na proteção de espécies ameaçadas.
A iniciativa é coordenada pelo MMA, por meio da SBio, e conta com recursos do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF), tendo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como agência implementadora e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) como agência executora.
O projeto também conta com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Instituto Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) e de órgãos estaduais de meio ambiente.
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